Acerto entre o GDF e o relator do Orçamento da União, que é de Goiás, prevê recursos para o asfaltamento de 44,5 km
Objetivo é retirar caminhões da BR-040, da EPIA e da BR-020
Após negociação com a bancada de Goiás no Congresso e o relator setorial de Infraestrutura do Orçamento de 2026, deputado José Nelto (União Brasil), a vice-governadora do DF, Celina Leão (PP), garantiu recursos para viabilizar o Arco Leste do Rodoanel, que contornará o Distrito Federal — obra estratégica que vai impulsionar a mobilidade, reduzir congestionamentos e fortalecer o desenvolvimento regional.
“Vai tirar aquele trânsito de caminhão que entra dentro do DF em horário de pico, disputando com o transporte público”, afirmou a vice-governadora, em entrevista.

A proposta deste trecho do Rodoanel do DF é retirar caminhões que cortam o Entorno Sul pela BR-040 (Luziânia, Cidade Ocidental e Valparaizo) e que passam pela EPIA Sul e Norte, subindo pela BR-020 e passando por Sobradinho e Planaltina, até acessar novamente o trecho goiano da rodovia, em Formosa.
Hoje, a ligação entre Cristalina e Formosa tem 176 km (se o motorista cortar a DF-130, que não é adequada) ou 206 km (se passar por Valparaízo e pela EPIA, que cruza o meio urbano). Com a nova pista, a distância será de 167 km, toda ajustada para o trânsito pesado.
Com isso, os caminhões de carga vindos do Sudeste (BR-040 e BR-060) que precisam acessar o Nordeste (BR-020) e vice-versa poderão usar o novo trajeto.
A obra está estimada em R$ 170 milhões, afirmou à coluna o secretário de Obras do DF, Valter Casimiro. A intenção dos parlamentares é que a obra seja federalizada (ou seja, feita pelo Governo Federal). No caso, executada pelo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).
Segundo Casimiro, a execução da obra (após a liberação dos recursos) deve demorar cerca de dois anos, porque há necessidada da construção de pontes em alguns trechos.

Detalhamento da obra
“Brasilianas” teve acesso ao projeto inicial deste trecho do Rodoanel Leste, que tem ao todo 77 km de extensão e que, agora, terá obras de pavimentação em 44,5 km dele. A nova rodovia será de sentido duplo, com pista de rolamento de 3,6m e acostamento de 1,5m em cada sentido, além da implantação de ciclovia ao longo de todo o trecho.
O nova obra prevê dois trechos. O primeiro irá recepcionar o trânsito que chega de Cristalina pela GO-436 e que, no DF, passa a se chamar DF-130. Quando a DF-130 chegar no Café Sem Troco, a nova rodovia passa a percorrer a DF-270 por 21,7 km que serão asfaltados.
Adiante, no trecho 2, será feita a conexão da DF-270 com a DF-100, que terá mais 22,8 km de nova pavimentação. Esse novo trecho se conecta ao trecho já asfaltado da DF-100 e, após mais 16,5 km, chega a Formosa.
A nova conexão também poderá receber o trânsito que vem de Unai, pela BR-251 (que já é administrada pelo DNIT).
“A intenção é criar uma rota adequada para o tráfego de caminhões pesados. Hoje eles passam na frente do Café Sem Troco e seguem pela DF-130, passando pela Rajadinha, num trecho de 56 quilômetros que não foi dimensionado para isso. Agora, a nova pista será adequada para a carga”, completa o secretário de Obras do DF.
