Nova lei valoriza preservação de veículos antigos e conecta o DF a movimento que reúne 1,2 milhão de adeptos no Brasil
O Diário Oficial do Distrito Federal trouxe a publicação da Lei nº 7.762/2025, que institui a política “Brasília, Capital do Antigomobilismo”. A nova norma reconhece o valor cultural, econômico e social da preservação de carros antigos e posiciona a capital como referência nacional nesse segmento.
O antigomobilismo é hoje um dos maiores movimentos culturais ligados ao patrimônio automotivo no Brasil. Segundo levantamento da Federação Brasileira de Veículos Antigos (FBVA), o país reúne cerca de 1,2 milhão de antigomobilistas e uma frota estimada em 3,2 milhões de veículos históricos, o que representa aproximadamente 3% da frota nacional.
Esse mercado movimenta R$ 32,6 bilhões por ano, incluindo manutenção, comércio de veículos, eventos e clubes especializados. A idade média dos colecionadores é de 52 anos, e a maioria participa de clubes e encontros regulares.
No Distrito Federal, não há levantamento oficial consolidado, mas a aprovação da nova lei reconhece a relevância local do movimento e busca organizar clubes e eventos já existentes.
O que prevê a lei no DF
A política distrital estabelece diretrizes para fomentar o antigomobilismo, como:
– Respeito à originalidade e autenticidade dos veículos históricos;
– Preservação da memória do transporte e da indústria automobilística;
– Estímulo à pesquisa e documentação sobre o tema;
– Realização de eventos públicos com caráter educativo e turístico;
– Criação de calendário oficial de festivais, exposições e feiras;
– Instituição e criação do selo oficial “Brasília, Capital do Antigomobilismo”.

Impacto esperado
Com a nova lei, de autoria do deputado distrital Thiago Manzoni (PL), o Distrito Federal busca consolidar-se como território de preservação cultural e inovação turística, ampliando o calendário de eventos e fortalecendo a imagem da cidade como centro nacional do antigomobilismo.
Para o deputado Thiago Manzoni, o antigomobilismo é mais do que um hobby: “É um instrumento de preservação da memória cultural e tecnológica do país, além de gerar oportunidades econômicas e turísticas.”