Arruda não quer comentar seu futuro político. Espera a sanção da nova lei. ‘Não é hora ainda’
Desde que começaram as votações finais do projeto de lei que modificava a Lei da Ficha Limpa, há três semanas, “Brasilianas” vem procurando falar com o ex-governador José Roberto Arruda sobre a opinião dele sobre a proposta e qual seria seu futuro político, no caso de aprovação.
Ontem, poucos minutos após a votação ser concluída pelo Senado, por volta das 17h30, Arruda atendeu a coluna. Mas foi econômico nas palavras: “Vou ficar calado pelos próximos 15 dias”, numa referência ao prazo legal para que o presidente da República sancione ou faça vetos, totais ou parciais, na proposta aprovada pelo Congresso.
Numa tentativa de tirar dele algum encaminhamento político para 2026, Arruda fez um rápido complemento à frase inicial: “Só Deus sabe o meu futuro. Não é hora ainda de falar sobre ele.”
Sempre quando era perguntado sobre uma eventual volta à política, Arruda dizia que nunca mais voltaria. “Fui condenado até a eternidade”, afirmava. Isso porque, pelos prazos legais ainda vigentes, ele só teria o seu prazo de 8 anos de pena depois de transitado em julgado algum processo julgado por um colegiado. Até hoje, desde o início do Mensalão do DEM em novembro de 2009, nenhum processo destes foi concluído.

E qual será, afinal, o futuro político de Arruda?
Nos últimos dias, circularam inúmeras versões sobre o destino político de Arruda. Vale lembrar que ele está sem partido. A última legenda a qual ele esteve filiado foi o PL, que deixou em janeiro de 2023.
“Brasilianas” apurou que embora tenham circulado versões, Arruda não fez nenhum acerto com o presidente do PL, deputado Valdemar da Costa Neto para retornar à legenda. Tampouco fez acertos com o presidente do PSD, Gilberto Kassab.
Em fevereiro deste ano, Arruda e o atual governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), almoçaram juntos. Na época, circularam notícias de que Arruda apoiaria os desejos políticos de Ibaneis, de concorrer ao Senado.
Agora, se sancionada a nova lei, tudo muda.