Jantar realizado na noite de ontem promoveu a filiação de quatro novos políticos ao Republicanos. A filiação do secretário da Casa Civil dá formato à chapa da situação ao GDF
Num jantar reservado na Península dos Ministros, do Lago Sul, na noite de ontem, quatro filiações ao partido Republicanos no DF dão forma a uma provável chapa de situação na corrida ao Palácio do Buriti em 2026. Agora formalmente filiado a um partido político, o atual chefe da Casa Civil do Governo do Distrito Federal, Gustavo Rocha, torna-se também pré-candidato a vice-governador, numa chapa que deverá ter Celina Leão (a atual vice) como candidata a governadora.
As intenções e as negociações para a filiação de Gustavo Rocha começaram há alguns meses. Passou por algumas turbulências, entre elas a que levou, no início de setembro, à renúncia do presidente estadual do partido, Wanderley Tavares da Silva, que estava na liderança local do partido havia 12 anos, dos 20 anos de idade que o Republicanos tem. “Brasilianas” apurou que era Wanderley quem insistia em candidatura própria do partido ao GDF, e defendia o nome do atual deputado federal Fred Linhares ao Buriti.
Essa manobra do então presidente do Republicanos do DF desagradou sobretudo ao atual governador, Ibaneis Rocha. Isso por dois motivos: 1) Fred aparecia muito bem pontuado nas pesquisas de opinião pública para o cargo de governador, o que ameaçava a eleição de Celina Leão; e 2) Ibaneis tem uma dívida de gratidão com Gustavo, que entre tantas outras ações o ajudou a pacificar as relações entre o GDF e o Supremo Tribunal Federal após o 8 de Janeiro.
Experiente advogado e muitíssimo bem relacionado com os magistrados das altas cortes do Poder Judiciário da Capital, Gustavo Rocha, mineiro, 52 anos, atuou primeiro como subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil e depois como ministro dos Direitos Humanos no governo Michel Temer (2016-2018). Temer e Ibaneis pertencem ao mesmo partido, o MDB.
O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB) | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Ação pelo 8 de Janeiro
E foi Gustavo Rocha quem fez a ponte com a Procuradoria-Geral da República e com o STF para que Ibaneis Rocha primeiramente retomasse a cadeira de governador (ficou 64 dias afastado por ordem do ministro Alexandre de Moraes, quando inicialmente o afastamento seria de 90 dias). Depois, tratou do convencimento para que tanto a PGR quanto o ministro Moraes decidissem pelo arquivamento do inquérito que apurava suposta omissão de Ibaneis Rocha durante os ataques à Praça dos Três Poderes. Essa decisão foi tomada em 5 de março deste ano.
A relação de Gustavo Rocha com o GDF começou no primeiro dia do primeiro mandato de Ibaneis, em 2019. Ele foi inicialmente secretário de Justiça e Cidadania do DF e, em junho de 2020, saiu da Sejus-DF e deu lugar à sua esposa, a advogada e arquiteta Marcela Passamani. Ele passou ainda pela Assessoria Especial de Estratégia do governador antes de se tornar chefe da Casa Civil.
Discreto, tem paixão por motociclismo. Agora com sua primeira filiação partidária (e como potencial candidato ao GDF), deverá mudar sua postura, pois candidato em silêncio não pede votos.
Além do padrinho Ibaneis Rocha, estarão presentes à filiação o presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, a senadora Damares Alves e, por razões óbvias, a vice-governadora Celina Leão. Havia a expectativa de que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, também comparecesse – mas o crime envolvendo o PCC no Estado o impediu.
Além de Gustavo Rocha, vão se filiar ao Republicanos a atual deputada distrital Jane Klebia, que deixa o MDB; e os ex-distritais Bispo Renato Andrade (atual administrador Regional de Taguatinga) e Fernando Fernandes (delegado e ex-administrador Regional de Ceilândia). A tendência é que todos disputem uma das 24 vagas da Câmara Legislativa do DF.
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