Plano nacional, feito pelo Ministério das Cidades e BNDES, prevê metrô, VLT e BRT para reduzir mortes, poluição e tempo de deslocamento no DF
Estudo inédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Ministério das Cidades divulgado na última sexta-feira (31) definiu 13 projetos prioritários para o Distrito Federal, com investimento estimado em R$ 21,3 bilhões até 2054.
O pacote inclui a expansão de sete corredores de BRT (153 km), duas extensões do metrô (3 km) e quatro linhas de VLT (123 km).
Além de melhorar a integração entre regiões, as obras devem reduzir em 14% o tempo médio de deslocamento, gerar impacto econômico de R$ 13,9 bilhões e diminuir em 9% o custo operacional por viagem.
Os benefícios vão além da mobilidade: a previsão é evitar 750 mortes no trânsito e cortar 225 mil toneladas de CO² por ano, tornando Brasília mais segura e sustentável.
“Investir em transporte coletivo limpo é investir nas cidades e nas pessoas”, afirmou o ministro das Cidades, Jader Filho. Já o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que o estudo cria uma estratégia nacional de longo prazo para enfrentar os desafios urbanos e climáticos.
O que é o estudo
O Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU) é uma iniciativa do BNDES em parceria com o Ministério das Cidades, criada para planejar a expansão e modernização do transporte público coletivo nas principais regiões metropolitanas do Brasil.
O objetivo é oferecer soluções de média e alta capacidade, como metrôs, VLTs e BRTs, para reduzir congestionamentos, emissões de carbono e desigualdades no acesso à cidade.
O estudo serve como base para políticas públicas de longo prazo e para estruturar parcerias público-privadas (PPPs), alinhando mobilidade urbana à transição energética e à sustentabilidade.

Principais números do ENMU
– 21 regiões metropolitanas contempladas, incluindo o Distrito Federal.
– 187 projetos previstos até 2054.
– Investimento total estimado: R$ 430 bilhões.
Impactos esperados:
– Redução de 8 mil mortes no trânsito.
– Corte de 3,1 milhões de toneladas de CO? por ano.
– Menor tempo de deslocamento e mais acesso a emprego, saúde e educação.