A nova Saída Norte, que inclui mais do que as ligações do Lago Norte com o Plano Piloto, prevê um novo bairro para 100 mil habitantes
Prevista no Plano Diretor de Transporte Urbano e Mobilidade do Distrito Federal (PDTU), a nova Saída Norte possuirá um eixo de transporte multimodal, com prioridade ao transporte público, o que incluirá uma faixa exclusiva de BRT (por sentido), junto ao canteiro central, incluindo estações e passarelas.
Serão três faixas de tráfego por sentido, além de faixa de ciclovia em todo o trecho compreendido entre a L4 Norte e o futuro Setor Habitacional Taquari II, além de uma faixa para pedestres.
A obra foi recomendada para reduzir o trânsito na via que passa pela Ponte do Bragueto, além de servir como alternativa de acesso ao Plano Piloto para as regiões do Itapoã e Paranoá, além de tornar viável o novo setor habitacional, o Taquari II. Pelo proposto inicialmente, serão mais de 26 mil unidades habitacionais, comportando cerca de 100 mil habitantes.
O Setor Taquari (I e II) integra o que o urbanista Lúcio Costa chamou de “Nova Asa Norte”, quando fez a proposta “Brasília Revisitada”, que se tornou oficial por meio do Decreto 10.829, em 1987.

As pontes previstas sobre o Lago Norte
A primeira ponte deverá ser uma ponte estaiada, elaborada a partir de projeto feito pelo arquiteto Oscar Niemeyer em 1987, com aproximadamente 1,2 mil metros de extensão.
Após a ponte, a via vai atravessar a Península Norte. Nesse trecho, a obra contará com dois túneis e as vias de interseção com a Estrada Parque Península Norte (EPPN).
As passagens subterrâneas, antes e depois da EPPN, servirão para reduzir o impacto sonoro do trânsito naquela região.
Já a travessia da península para o Setor de Mansões do Lago Norte – na prática, chegando ao novo bairro Taquari II, será por meio de outra ponte, de tamanho menor. No trecho final, a obra seguirá com uma via que passa pelo Taquari, fazendo interseções com a DF-005 e a DF-001, indo até a interseção com a BR-020.

‘Brasilianas’ errou
Esta coluna errou, quando anunciou em 16 de outubro do ano passado, a intenção do GDF de fazer as duas pontes sobre o Lago Norte, ligando a península ao Setor de Mansões. Sem ter um projeto ou planta baixa em mãos quando da entrevista, este colunista tratou do tema com o secretário de Obras e entendeu (erroneamente) que a segunda ponte seria mais no final da península, ligando a região próxima ao Hospital Sarah até o Setor de Mansões do Lago Norte.
O erro mobilizou a comunidade (tanto que foi a notícia mais acessada no site do ‘Correio da Manhã’ naquele mês) e “custou” ao secretário de Obras a necessidade de realizar uma reunião com a Prefeitura Comunitária do Lago Norte para explicar a proposta correta. “Fui chamado lá e tive de me explicar, direitinho”, contou Valter Casimiro, entre uma boa risada.
“Brasilianas” aproveita a oportunidade para pedir desculpas à comunidade do Lago Norte. Desta vez, a coluna buscou os projetos já consolidados para apresentar nesta edição.