Começam hoje, e vão até o dia 7 de Setembro, quatro exposições inéditas que celebram a fotografia com arte, inclusão e ancestralidade
De hoje até o feriado de 7 de Setembro, o Museu Nacional da República recebe uma edição especial do Festival Mês da Fotografia (FMF). O evento reúne quatro exposições inéditas que propõem uma imersão sensorial e afetiva a partir do tema “O que Vemos Quando Escutamos”.
Consolidado como um dos principais festivais de artes visuais do país, o FMF celebra em 2025 sua nova identidade visual e reafirma o compromisso com a escuta, a diversidade e o acesso democrático à cultura.
“A proposta desta edição é clara: cruzar arte, inclusão, ancestralidade e território, por meio de exposições, oficinas, vivências urbanas e visitas mediadas”, afirma a organização do Evento.
Sobre as exposições
- Nada Sobre Nós, Sem Nós!
Com curadoria de Isabella Gurgel e idealização de Juliana Peres, esta mostra apresenta cerca de 20 imagens produzidas por alunos da APAE, CESAS e do projeto Vivências Inclusivas, que estimula o protagonismo de pessoas com deficiência por meio da fotografia. O projeto também recebeu o selo da COP 30, unindo arte, acessibilidade e consciência ambiental. Um minidocumentário será lançado durante o evento com bastidores do processo criativo.

- Sob os Pés do Mundo: uma experiência sensorial em Brasília
Assinada por Flavio Marzadro, a exposição reúne 17 obras táteis feitas a partir de decalques sensoriais de calçadas e superfícies urbanas do DF, com a participação de pessoas cegas e com baixa visão. Além da exposição, haverá vivências táteis, paisagens sonoras e a ação interativa “Troca-Troca”, em que visitantes serão guiados por pessoas cegas, numa proposta de inversão de papéis.

- Nego Fugido
Do fotógrafo Nicola Lo Calzo, a mostra integra também a Temporada França-Brasil e o Festival Convergências. O artista documenta a tradicional performance quilombola de Acupe (BA), que encena a luta de pessoas escravizadas pela liberdade. A exposição reúne fotos, vídeos e objetos que celebram a resistência afro-brasileira com curadoria da pesquisadora Ioana Mello.
- Sons da Terra: Começo, Meio e Começo
Do fotodocumentarista Ògan Luiz Alves, com curadoria de Luazi Luango, a exposição retrata o cotidiano dos terreiros de candomblé em Brasília. São 50 imagens que mostram rituais, celebrações e o legado das culturas de matriz africana. A mostra também integra o Festival Tardezinha do Samba, que relaciona o samba com sua origem nos terreiros