No DF, só neste ano, a CEB Ipês já soma prejuízo de R$ 1,1 milhão e a Neoenergia outros R$ 288 mil. Nova legislação torna as penas mais rigorosas, tanto para quem furta quanto para quem faz a receptação de cabos e equipamentos
Também na semana passada, a sanção da Lei 15.181/2025 pelo presidente Lula promete resolver outro problema que se intensificou nos últimos anos e que também envolve postes e fiações elétricas: o furto de cabos. Agora, as penas para quem cometer esse crime passaram de 1 a 4 anos para 2 a 8 anos de reclusão, além de multa.
Também foram previstos agravantes para receptação: a pena para receptação de cabos e equipamentos de energia e telefonia também foi aumentada, em dobro. A nova lei se aplica a furtos e a receptação de cabos e equipamentos de energia, telefonia e também de materiais ferroviários e metroviários.
No DF, segundo a Neoenergia, apenas de janeiro a maio deste ano, foram registradas 180 ocorrências de furtos de cabos – quando, no mesmo período do ano passado, haviam sido registradas 85 ocorrências.
Em se tratando de custos, este ano foram furtados 9.694 metros de cabos da Neoenergia, gerando prejuízos de R$ 288 mil. Ano passado, no mesmo período, haviam sido furtados 10.886 metros, com prejuízos na casa de R$ 376 mil.
Os casos mais graves – e mais vultosos – envolvem a CEB Ipês, que cuida da iluminação pública. A empresa, que é do GDF, informa que entre janeiro e junho deste ano foram furtados 57 quilômetros de cabos de energia, com prejuízo de R$ 1,1 milhão. Ano passado, no mesmo período, havia sido registrado o furto de 39 quilômetros de cabos, ao custo de R$ 772 mil.
Segundo as empresas, as áreas que têm sofrido mais furtos são Plano Piloto, Planaltina, Taguatinga, Ceilândia, Recanto das Emas e Cidade Estrutural. Nesta ordem.

Conexão direta com a polícia
“É importante deixar claro que esse tipo de ocorrência é uma questão de segurança pública. De toda forma, a Neoenergia vem contribuindo com as ações de inteligência da Secretaria de Segurança Pública (SSP/DF) para combater esse crime em toda a capital federal”, afirma Hudson Thiago, gerente da Neoenergia Brasília.
A empresa afirma que tem também uma linha direta com os delegados para uma comunicação mais rápida e eficiente entre os órgãos. A distribuidora tem também realizado ronda nas regiões mais sensíveis para inibir a ação dos criminosos.
“Essas ações criminosas têm impacto na qualidade da prestação do serviço de distribuição de energia, afetando o fornecimento para a população”, conclui o gerente.